Pessoas controladoras costumam chamar de amor a preocupação extrema e crônica que sentem, mas, muitas vezes, suas atitudes são, no fundo, manifestações do medo de que algo ruim aconteça a elas próprias.
É o medo que o indivíduo tem de perder, de ser traído, abandonado, de não ser amado, de não se sentir indispensável na vida de alguém. “E se essa pessoa conseguir viver sem mim?” Geralmente é isso que vai no inconsciente.
Por conta desses medos, o controlador cria as mais diversas estratégias de ação sobre os outros e para os outros, sobrecarregando-se demasiadamente ao tomar para si o que não lhe pertence e o que não dá conta. O resultado, claro, é um cansaço imenso, preocupação e ansiedade.
Percebe que há muito de egoísmo em quem é controlador? Egoísmo misturado com insegurança. Esse é um dos mais complexos sistemas de autoabandono, porque a pessoa quer cuidar de tudo e de todos e deixa de cuidar de si mesma, de se preocupar com o que lhe cabe.
No ato de querer controlar não há amor, mas domínio.
Quem domina não respeita, não valoriza e não confia.
Quem ama liberta, aceita e acredita. Aceita o outro como ele é, liberta-o para desenvolver todas as suas potencialidades e acredita na capacidade que ele tem de conduzir a própria vida.